×

O mundo corporativo pode e deve participar de forma objetiva na mudança cultural da violência contra a mulher

O mundo corporativo pode e deve participar de forma objetiva na mudança cultural da violência contra a mulher

De acordo com reportagem da Agência Brasil, um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, solicitado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que nove em cada dez agressões cometidas contra mulheres no período de 12 meses, o equivalente a 91,8%, foram testemunhadas por outras pessoas. A maioria (86,7%) pertencente ao círculo social ou à família da vítima. Para o professor universitário e gestor de carreiras, Ricardo Machado, o mundo corporativo pode e deve participar de forma objetiva na mudança cultural da violência contra a mulher. 

Segundo ele, as empresas possuem um papel fundamental neste processo social. Perguntado sobre como as organizações podem ajudar a mudar esse quadro vergonhoso, o gestor de carreiras Machado destaca que parte dos homens que estão nas manchetes dos noticiários e cometendo estes crimes de agressão e feminicídio contra as mulheres, também são aqueles mesmos profissionais que passam boa parte das horas do dia dentro do ambiente profissional, trabalhando normalmente. A primeira pergunta que muitos podem pensar é: “e daí? O que as empresas têm com isso?”.

O gestor de carreiras Machado faz uma reflexão. “Qual empresa gostaria de ver um de seus funcionários como figuras machistas e criminosas? Pelo contrário, elas querem que seus colaboradores sigam a mesma boa imagem que sua publicidade deseja passar. Então, por que não agir na causa e não apenas no efeito de simplesmente demitir um funcionário agressor”, pondera.

A proposta do especialista Machado é que as empresas invistam em educação social junto aos seus colaboradores com campanhas para tentar colaborar com a extinção desta postura cultural agressora. “Assim, evitaria a associação da empresa à imagem ruim e a demissão de, talvez, um bom funcionário e verdadeiramente colaborar com uma sociedade melhor. Então, funcionários, diretores e departamentos de recursos humanos, vamos agir. Vamos verdadeiramente meter a nossa colher nesta questão, porque na violência contra a mulher, a empresa pode e deve meter a colher”, afirma.

Assessoria de Imprensa

Fernando Fraga

Você pode ter perdido